Músicos e Cantores recebem a visita do Setor de Música Litúrgica, da Diocese de Guarulhos.

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A Constituição Conciliar Sacrossanctum Concilium, foi o primeiro documento a dizer que

“o canto sacro, que envolve as palavras, é parte necessária e integral da liturgia solene” (SC, n112)

 

“A participação ativa no canto não consiste em “fazer alguma coisa”, mas em viver um mistério. Para compreender plenamente tudo isso, é necessário o compromisso com uma formação séria e articulada, para que o Povo de Deus possa se apropriar plenamente da beleza e grandeza do canto litúrgico, sabendo oferecê-lo a Deus com consciência plena e alegria”. (conf. Cadernos do Concílio,14, jubileu 2025, Marco Frisina)

Compreendendo que a assembleia litúrgica em sua totalidade representa o coro mais importante, sentimos a necessidade em ir ao encontro das inúmeras equipes de liturgia que exercem de forma incansável o trabalho de preparação para que a celebração tenha uma participação ativa e consciente em todos os seus ritos.

Por isso, o setor de música litúrgica da Diocese de Guarulhos iniciou no mês de fevereiro/2024 um caminho de visitas às equipes de animação das paróquias e comunidades para “escutar” como está a caminhada de cada um. Começamos esta trajetória com a paróquia Santo Alberto, Cidade Seródio. Nos reunimos com as comunidades: Santo Alberto, Santa Teresa, São Sebastião e Nossa Senhora Aparecida.

A resposta foi de muita acolhida e abertura para partilhar os desafios de cada um e abrir um horizonte de possibilidades no trajeto. Percebeu-se que não basta cantar ou tocar bem, mas, compreender que a oração cantada envolve as pessoas transformando uma “massa de pessoas diferentes” em um coro unido e consciente. Assim, a música assume a sua mais alta vocação: unir e elevar. A música preenche lacunas e transforma um grupo de indivíduos em uma comunidade que reza unida em um canto único respeitando as diferenças de cada um.

A sinceridade da partilha mostrou a fragilidade dos grupos para se encontrar e preparar as celebrações; a falta de músicos e cantores em algumas comunidades atrapalham a missão de tornar a celebração mais ativa. Os compromissos pessoais impedem os encontros para ensaios, oração, partilha das leituras e a escolha dos cantos que são feitos em geral por uma liderança do grupo e compartilhado nos meios de comunicação digital. As tarefas são compartilhadas e cada um dá o seu melhor para atingi-las. Porém mesmo com estes desafios percebemos que existe uma compreensão e uma fundamentação para a escolha das músicas conforme o rito e o tempo litúrgico.

Foi bonito encontrar pessoas com muita paixão, muita entrega e muita vontade de dar o seu melhor. Não faltaram argumentos para descrever o quanto amam a liturgia e o seu “ofício” de cantar e tocar para tornar a celebração conforme a sua natureza. Com muito carinho deram e receberam sugestões para melhorar suas atribuições e continuar a missão.

Agradecemos a calorosa recepção com os tradicionais comes e bebes, muita conversa boa, descontração e muitas histórias pra contar. Obrigada a todos e todas que colaboraram e se dispuseram participar. De nossa parte também vamos continuar o caminho. Esta foi somente a primeira estação dentre as muitas de nossa Diocese que esperamos encontrar em breve.

Pe Jair Costa e Caetana Cecilia


 

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